16 de set. de 2013

Blog de cara nova: uma discussão sobre o prazer.

De um ano para cá, por influência de uma grande amiga, comecei a pensar melhor as questões do feminismo, sexualidade, estudo de gêneros. Fiz isso pensando na importância  de se entender esses aspectos para compreender nossa própria situação dentro desse complexo.

Dissertar um pouco sobre o assunto, pode me ajudar a liberar as questões que rondam a minha cabeça. Creio que, da mesma forma, esse texto serve como introdução para a nova cara que eu quero dar ao BLOG: Um espaço de debate sobre esses temas.

A base das minhas reflexões se funda na leitura do site Escreva Lola Escreva, no livro Histórias íntimas da Mary del Priori e em alguns filmes indicados pelo Cinetoscópio  sobre as questões de gêneros. Recomendo todo esse material. São acessíveis, de leitura fácil e prazerosa. Aliás, é bem no prazer que eu quero tocar.

Já pensou se o prazer não existisse? Esse é o ponto que mais me instiga em todo o universo humano. É, também, um assunto bem abordado pela Mary. Terminei de ler o livro pensando: Porra, o mundo é movido pelo prazer e não pelo dinheiro. A grana só seria a geradora de uma "satisfação", leia-se aqui como sinônimo do termo, mais artificial. Já o coito, configurar-se-ia como a plenitude do prazer humano.

Essa ideia pode parecer meio antiquada dependendo do raciocínio que seguir, como por exemplo, pensar que o ser humano é superior a qualquer outra espécie animal porque sente mais prazer. Apesar dessa tese ser defendida por alguns estudiosos, como explica a fraca matéria, diga-se de passagem, da Superinteressante. Nela, afirma-se: "Nosso cérebro, por exemplo, talvez não se desenvolvesse tanto [se não sentíssemos prazer]".

Mas se pensarmos que existe a possibilidade de o desenvolvimento humano ter acontecido para aumentar a percepção e as opções de prazer, a história já é outra. Eu sei que isso pode parecer Hedonismo ou Epicurismo, mas essa não é a intenção. É pensar mais humanamente, e propor um diálogo fora do plano metafísico.

Os médicos do século XIX já viam a questão do sexo como algo interessante de ser estudado. E, apesar da proibição do coito fora da questão de reprodução e da figura da mulher ser submissa, os doutores exaltavam o orgasmo e o entendiam como o maior dos prazeres. Vale ressaltar que, para o pensamento deles, isso era essencial na espécie humana. Sem o coito, não haveria criação e assim, a espécie não sobreviveria. Faz sentido, não?

Enfim, eu não tenho uma resposta e não quero alongar para não ficar chato. Mas é uma questão que, acima das problemáticas de gêneros e orientações sexuais, deve ser discutida. Já que o povo brasileiro adora falar sobre sexo, bora falar, também, de prazer.


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